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Intervenção humana na biodiversidade: fenômeno recente? Documentário diz que não
Em geral, acreditamos que o processo de destruição da natureza é algo recente, fenômeno provocado, sobretudo, pela Revolução Industrial. O documentário ‘Poema Imperfeito’, da cineasta portuguesa Zulmira Coimbra vai na contramão desta teoria, mostrando que a interferência humana na natureza acontece desde o nosso surgimento na Terra.
Acesse o poema:
https://luciaantunes.com/O-poema-imperfeito
O filme tem a participação do biólogo Fernando Fernandez, que é doutor em Ecologia pela Universidade de Durham (Reino Unido) e professor do Departamento de Ecologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Importante para entendermos o quanto interferimos com nossas ações na biodiversidade.
Divers For Sharks te convida para debater o filme ‘Tubarão’ no Rio
A Divers for Sharks participará da 1ª edição do CineTerror, um bate-papo organizado pelo canal Hora do Terror, com apoio da Livraria Cultura, DarkSide Books, Universal Pictures e Grow, dia 11 de junho, no Centro, Rio de Janeiro. O nosso representante na mesa, cujo debate será sobre o filme ‘Tubarão’, será Paulo Guilherme, conhecido como Pinguim. Ele mostrará a nossa visão sobre o tema – algo que já abordamos um pouco em outro post deste blog.
O evento começa às 18h, com a apresentação do longa do diretor Steven Spielberg. Ambientado na cidade turística de Amity Island, a produção conta história de uma série de ataques provocados por um tubarão branco. Com isso, o chefe de polícia local se une a um biólogo marinho e um pescador para caçar a criatura.
Além do Pinguim, a mesa será composta por Gabriel Gaspar, escritor carioca e crítico de cinema, responsável pelo canal “Acabou de Acabar”. Completa a mesa Fernando Ticon, criador do site e canal Hora do Terror, especializado nos gêneros terror, horror e suspense, e que hoje tem mais 70 mil inscritos. Caberá a ele também a moderação dos debates em torno do filme de Steven Spielberg.
Programação
18h – Exibição do filme
20h – Bate-papo com convidados e sorteio dos brindes
Serviço
11 de junho de 2018, das 18h às 21h
Teatro Eva Herz, Livraria Cultura – Cine Vitória
Rua Senador Dantas, 45 – Centro
Menos Hollywood e mais preservação dos tubarões
Instinto de caçador, boca cheia de dentes afiados e fama de assassino. Por causa do imaginário criado pelo cinema hollywoodiano, provavelmente esta é a imagem que você deve ter do tubarão. Diferente da ficção, a preservação do animal para manter a vida marinha é uma das bandeiras mais importantes do Divers for Sharks. E nós vamos te explicar porque lutamos por isso neste texto.
Assim como os leões, os tigres ou os crocodilos, o tubarão é um animal selvagem e não um monstro. Para que você entenda, imagine o oceano como uma comunidade, onde o tubarão está no topo da cadeia alimentar do ecossistema marinho, sendo uma espécie de regulador. Cabe a ele controle do número das espécies que são suas presas e, por consequência, das presas das suas presas também.
Entenda o que é uma cadeia alimentar:
Sem a ação dos tubarões (e raias também), os mesopredadores – animais que estão no meio da cadeia alimentar – vão se reproduzir mais, desequilibrando o ambiente. Sendo assim, as principais presas deles (os herbívoros) terão uma diminuição em sua população e, com isso, os oceanos sofrerão com o aumento no número de algas, o que não permitiria o desenvolvimento dos recifes de corais. Num cenário bem pessimista, esse desequilíbrio pode causar a extinção da vida marinha e a desertificação dos oceanos.
O medo construído por Hollywood faz a sociedade se omita na luta pela preservação da espécie. Afinal, estamos eliminando uma “ameaça”. Esse fator somado com pesca predatória faz com que tenhamos cerca de 100 milhões de tubarões capturados e mortos a cada ano em todos os mares para obtenção exclusiva das nadadeiras que irão prover o lucrativo mercado oriental de sopa de barbatana ou para consumo no Brasil, sob o nome de cação.
Sim, cação é o nome genérico dado pela indústria para a carne de tubarão!
Voltando ao predador dos oceanos, diferente do mito criado pelo cinema, nós não somos a primeira opção de alimentação dos tubarões. Muito pelo contrário, quando há incidentes com humanos, isso acontece porque há um desequilíbrio naquela região e faltam as presas. Os tubarões normalmente caçam os animais mais lentos e os mais fracos, seguido por peixes doentes, feridos ou mortos.