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Guilherme Pinguim mostra como a Divers For Sharks conseguiu avanços na preservação de tubarões e raias

Guilherme Pinguim mostra como a Divers For Sharks conseguiu avanços na preservação de tubarões e raias

Continuando a série sobre a Convenção para a Conservação das Espécies Migratórias, na Índia, trazemos a visão do Guilherme Pinguim, fundador da Divers for Sharks.

A Divers for Sharks foi inscrita como observadora na Convenção para a Conservação das Espécies Migratórias, e sempre que conseguimos verbas, comparecemos pessoalmente para fiscalizar a plenária, fazer lobby em prol das espécies em questão e defender as propostas nas plenárias, grupos de trabalho ou instâncias afins que estejam acontecendo na reunião, como por exemplo em compromissos voluntários dos países (um compromisso sem força de lei, voluntário, de boa vontade da delegação do país).

Nesta CMS, o objetivo da D4S era:

Defender uma causa destas numa conferência internacional, na verdade começa muito antes. É o caso das propostas do tubarão Galha Branca Oceânico e Martelo de cabeça lisa, que desde 2018 a Divers for Sharks vem pleiteando para entrar na lista de proteção. Estamos fazendo há muito tempo articulações internacionais e junto com o governo brasileiro. Primeiro levando o tema ao Ministério do Meio Ambiente, que entendeu a causa e levou ao Itamaraty, este fez o trabalho de base colocando as propostas na Convenção. Foi esse trabalho conjunto da D4S, técnicos do MMA e diplomatas do MRE, desde 2018, fez com que estas duas espécies viessem a ser primeiro incluídas nas prioridades de conservação do Sharks MoU, e depois trazidas à Plenária da CoP13 para serem adotadas.

Mas nem tudo são boas articulações e uma problema, um problema bem comum chama atenção: as constantes mudanças nas delegações, ministérios e embaixadas. No Brasil, por exemplo, é raro um Ministro do Meio Ambiente durar mais de 4 anos. Eles costumam cair e serem substituídos por outros que por sua vez costumam trocar boa parte dos seus servidores. Daí que as comitivas que costumam ir a estas convenções raramente são as mesmas e ainda por cima, mais raramente ainda são constituídas de pessoas da área de meio ambiente internacional. Na prática costumam ir para as reuniões sem nem sequer saber direito o que cada proposta feita pelo seu próprio país significa

Por outro lado, temos muitas oportunidades de conversas, compromissos voluntários e acordos informais entre entidades de diversos países nos corredores e coffee breaks da convenção. Como o estreitamento de relações entre a Divers for Sharks e a Sea Shepherd Legal, que já executa diversas ações jurídicas em vários países da América Latina, porém ainda não no Brasil. Vamos ajudar no que pudermos nesta causa também!

Conhecer entidades empresariais de turismo sustentável, de lazer e de geração de renda de forma não destrutiva, também são pontos fortes nestas reuniões. Parcerias e trocas de informações fazem muito a diferença na hora de gerar alternativas de renda para determinadas regiões sem acesso à ciência e tecnologia.