A nova pandemia do COVID-19 deixa evidente a correlação que existe entre as novas doenças e a degradação ambiental. É o que aponta um texto do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), órgão vinculado à Organização das Nações Unidas (ONU).
Segundo a organização, a destruição dos habitats incentiva mais rapidamente os processos evolutivos e a diversificação das doenças, uma vez que elas se espalham entre animais e seres humanos. No caso do novo coronavírus, um animal é a fonte mais provável de transmissão, com a possibilidade da origem serem os morcegos. Porém, ainda não há um consenso.
O texto ainda ressalta que os coronavírus são zoonóticos, ou seja, podem ser transmitidos de animais para as pessoas. Um outro exemplo foi a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS, em inglês), cuja transmissão aconteceu a partir de gatos domésticos. O ápice da epidemia foi em 2002.
“Portanto, como regra geral, o consumo de produtos de origem animal crua ou mal cozida deve ser evitado. Carne crua, leite fresco ou órgãos de animais crus devem ser manuseados com cuidado para evitar a contaminação cruzada com alimentos não cozidos“, explica a Organização Mundial da Saúde.
A PNUMA ainda faz um alerta sobre as doenças zoonóticas e as ameaças que elas representam ao desenvolvimento econômico, humano e animal. Por isso, o texto é contundente ao defender que o controle dessas epidemias passa pela combate às mudanças climáticas, tráfico de animais e destruição dos habitats.