Por que, Recife?

Por que, Recife?

Nesta entrevista em duas partes eu falo rapidamente sobre por que mais uma vez aconteceram incidentes em Recife.

Parte 1

Parte 2

Porque / Por que / Por quê

Por que (separado e sem acento) é usado para introduzir uma pergunta! (Dicas de Português, Ufla)

Se a cidade pudesse responder, como uma entidade viva e consciente, se comportando como um ser inteligente, certamente Recife é que nos perguntaria: Por que humanos insistem em morrer?

Pitú matava na praia.

Já morei em Boa Viagem, logo atrás do Castelinho (um dos pontos de concentração dos incidentes), lá pelos idos de 1974 a 1980, indo à praia finais de semana, nadando seja na maré baixa, seja na alta, passando dos arrecifes sem preocupações nem medos, bem assim coisa de criança irresponsável.

O grande risco na época, era cair em corrente de retorno, beber água, enfim, risco de afogamento. O que de vez em quando acontecia naquela época, fruto de incidentes com Pitú. Não o coitado do crustáceo abaixo, mas sim a cachaça ao lado.

(Pitú inocente)
(Pitú Culposo)

Em 1992 tudo mudou

Somente quando eu já não morava mais na cidade é que o primeiro registro aconteceu, quando o Frade Carmelita Ubiratan Martins Gomes sofreu incidente, falecendo. Começava neste aí uma lista de mais de 60 incidentes até o ano de hoje.

Muitos são os fatores, grandes ou pequenos, que causam o problema dos incidentes, já citados em postagem anterior neste blog, trazendo luz e ciência sobre os incidentes ou acidentes, e não ataques! Acesse o post em questão aqui abaixo.

(Incidente ou acidente, e não ataque. Clique na imagem para acessar)

Só para lembrar, um dos principais fatores, senão o maior, foi o aterramento de enorme mangue pela construção do Porto de Suape.

Quem respeita placas?

Somos humanos, ditos inteligentes, articulados e com capacidade de nos comunicarmos tanto por fala como por sinais. Acontece que nem sempre todas estas capacidades atuam juntas. Muitas vezes indivíduos humanos olham uma placa e simplesmente a ignoram, mesmo sabendo que podem MORRER ao fazer isso.

Quer um exemplo que mata centenas, se não milhares por ano? Dirigir e desobedecer uma das placas abaixo:

Você certamente sabe o que acontece quando seres humanos dirigindo seus carros desobedecem estas placas: Estão jogando uma loteria ao revés, onde o prêmio é um acidente. Pode não acontecer na primeira, segunda, décima vez… mas seu número está na roleta e alguma hora serás sorteado com o prêmio fúnebre.

Ora, quando um acidente de trânsito acontece, todos concordam que a culpa é de quem infringiu as regras e as placas, inclusive podendo ser condenado a prisão. E por que com as outras placas não vale o mesmo?!

E aqui abaixo mais um vídeo dos mesmos criadores deste aqui em cima, com um pouco de humor negro talvez, mas que certamente mostra a importância de se conscientizar a população local a respeitar as placas em sua própria proteção.

Mas e as estatísticas, Pingüim?

Como já falei, as explicações básicas estão no post já publicado e citado acima, agora se você gosta de dados técnicos, pode baixar aqui as estatísticas do Cemit (Comite Estadual de Monitoramento de Incidentes com Tubarões) de Recife e da ilha de Fernando de Noronha, a título de comparação.

Para quem é do mar

Se você tem conhecimentos de navegação, marinharia cartas náuticas e tal, este vídeo pode ser instrutivo: