Os tubarões existem a cerca de 450 milhões de anos e são mais antigos no planeta do que as árvores.
Mas porquê salvar tubarões?
Atualmente, existem cerca de 500 espécies viventes descritas, adaptadas aos mais diversos nichos ecológicos, sendo encontradas nos mares desde os trópicos até os polos, assim como em ambientes de água doce. São os predadores de topo de cadeia alimentar dos ecossistemas marinhos e essenciais para manter o equilíbrio.
Aliado à pesca desenfreada, os tubarões sofrem preconceito pela sociedade. Podemos mencionar o filme “Tubarão”, sucesso de bilheteria em 1975 e dirigido por Steven Spielberg, que ajudou a desenvolver o medo e a antipatia do público em relação a esses animais.
Ainda hoje, muitas pessoas acreditam que os tubarões são assassinos sanguinários que merecem ser dizimados.
Esse animal faz sempre o papel de vilão, as pessoas os matam muitas vezes sem motivo algum, apenas por acharem que isso é o certo a se fazer. Além disso, estes animais recebem pouca atenção das regras de pesca internacionais, sendo que a maioria das nações nem apresenta leis para tal prática.
Um dos motivos para a alta taxa de pesca dos tubarões é o lucro que se pode obter através desta atividade.
Suas barbatanas são consideradas iguarias pelo povo oriental que, por ser item de status, é servida em jantares, casamentos e outros eventos, chegando a valer mais de 10 vezes o preço total da sua carne.
Com isso, criou-se a prática denominada ‘finning‘, prática em que suas barbatanas são retiradas e o animal é jogado ainda vivo ao mar. Sem conseguir se movimentar e gravemente ferido, o tubarão afunda podendo morrer por perda de sangue, afogado ou como presa fácil para outros animais.
Assim como no resto do mundo, os tubarões também estão desaparecendo de forma acelerada nas águas brasileiras, causando danos graves aos nossos ambientes marinhos e, inclusive, já ameaçando a própria pesca e empobrecendo o mergulho recreativo.
Isso já traz reflexos econômicos diretos nas muitas comunidades costeiras que têm nesta atividade uma importante fonte de renda através de uma atividade não-predatória.
As restrições à pesca dos tubarões no Brasil são praticamente inexistentes, além de não haver áreas protegidas para tubarões onde sua pesca seja efetivamente proibida.
Existe um comércio internacional bilionário e clandestino de barbatanas de tubarão no Brasil, onde a matança criminosa é generalizada, o que se comprova pelas recentes e múltiplas apreensões de milhares de barbatanas de tubarão que seriam contrabandeadas para a Ásia e que correspondem a centenas de milhares destes animais mutilados.
É preciso que se cumpra a Resolução 121-N do Ibama
Ela obriga as empresas ao preenchimento dos relatórios de captura.
Empresas que beneficiam barbatanas compram e comercializam sem cobrar esse procedimento e origem legal e também devem ser responsabilizadas.
Apesar de inúmeros exemplos teóricos e práticos demonstrados ao longo dos anos e de ameaças de desequilíbrios em diversas cadeias alimentares marinhas, estes animais vêm sendo pescados em quantidades alarmantes.
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