A vida não anda muito fácil para os administradores do Sea World e seus shows com animais. Um grupo de ativistas invadiu a piscina durante uma apresentação no parque localizado Golden Coast, na Austrália. Eles reivindicavam o fim desse tipo de exploração dos animais feita em diversas partes do mundo.
O protesto ocorreu durante o show da manhã, quando o parque estava lotado de visitantes e foi organizado pela organização ‘Justice for Captives’, que luta para acabar com os shows que usam animais. A ação acabou com alguns ativistas presos pela polícia, mas diante da repercussão negativa, o parque cancelou todas as outras apresentações que iriam acontecer ao longo do dia.
Os ativistas alegam que animais como os golfinhos têm habilidades e inteligência emocional muito semelhante a nossa.“Golfinhos são indivíduos e não produtos – comumente avistados na costa e, por isso, não é necessário pagar para ver esses animais sofrendo em cativeiros”, argumenta Sev Avedis, um dos ativistas envolvidos nos protestos.
O movimento é semelhante ao que vem acontecendo nos circos, onde esse tipo de atração vem sendo banida. Em todas as partes do mundo, o Sea World vem sofrendo pressão para acabar com as apresentações envolvendo golfinhos e baleias Orca. Documentários como ‘A Enseada’ e ‘Blackfish – Fúria Animal’ mostram que esses animais, quando mantidos em cativeiros, desenvolvem depressão, tem comportamento agressivo e são perigosos até para os seus cuidadores.
Para se defender, o Sea World divulgou uma nota oficial, dizendo que “algumas pessoas não suportam a ideia de ver animais sob cuidados de humanos”. A empresa disse ainda que está “aberta ao diálogo construtivo e profissional com os ativistas”. Além disso, a companhia afirmou que os protestos foram “perigosos”, porque colocavam em risco os manifestantes e os animais.
Em seu site, a empresa argumenta ainda que, se fossem devolvidos ao habitat, os golfinhos não sobreviveriam, por exemplo. No entanto, os ativistas afirmam que, se os animais são capazes de fazer performances em apresentações, eles também podem sobreviver na natureza.
Dezessete países, incluindo México, Suíça, Hungria, França, Canadá, Chile, Índia e a Grã-Bretanha proibiram a prisão de golfinhos em cativeiro. Em outras regiões, o Sea World vem sofrendo prejuízos por causa da crueldade envolvidas nessas atrações. Ano passado, Thomas Cook, empresa britânica especializada em turismo, parou de vender ingressos para os parques da companhia, sob a alegação de que seus clientes queriam aproveitar as férias, mas sem contribuir para maus-tratos de animais.