Autor convidado
Raphaela A. Duarte Silveira
Diretora Executiva do Instituto Bióicos
Autor convidado
Douglas F. Peiró
Diretor Geral do Instituto Bióicos
Atualmente estamos vivendo na era digital ou era da informação, termos usados para designar os avanços tecnológicos sucedidos da Terceira Revolução Industrial. Desde então, as pessoas estão cada vez mais conectadas no mundo virtual. A todo momento você vê alguém com o celular ou computador ligados, seja para trabalho ou por lazer. Se você não sabe alguma informação, tem a facilidade de pesquisar na internet. Somos rodeados de muitas informações a todo momento. Entretanto, com esse fluxo muito alto fica difícil distinguir entre uma informação correta de fake news.
Para isso, há profissionais especializados na produção de conteúdo revisado e confiável. São profissionais da educação, divulgadores e jornalistas científicos. Estes profissionais trabalham com a divulgação científica. Mas o que é isso? A divulgação científica é a tradução do conhecimento científico gerado nas universidades, instituições de pesquisa e afins para uma linguagem de fácil entendimento à população no geral. Assim, o conhecimento da ciência se torna democrático e acessível a todos. A divulgação científica pode ser feita em diversos formatos, como textos, áudios, vídeos, infográficos, tabelas, ilustrações, entre outros. Além disso, estas produções podem ser disponibilizadas em vários meios, tais como redes sociais, websites, aplicativos informativos, entre outros.
Os principais problemas enfrentados por divulgadores científicos é que seu trabalho muitas vezes é confundido com o de blogueiros e outras pessoas que leem alguma notícia e querem escrever para ganhar ‘likes’. Além disso, muitas dessas informações são enviesadas e até mesmo incorretas ou incompletas. O trabalho de um divulgador científico passa por revisões e é embasado em informações publicadas e de procedência.
Mas como a divulgação científica ajuda na conservação do oceano? Por meio de informações de qualidade, com referências atualizadas, os divulgadores científicos buscam informar a população sobre a situação do oceano, sobre seus organismos, diversidade e problemas atuais. Conscientizar a população geral sobre isso faz com que eles se tornem mais conscientes sobre suas ações e, consequentemente, agentes da conservação oceânica.
Veja abaixo alguns exemplos práticos de como a divulgação científica pode auxiliar na conservação do oceano.
- Desmistificar a condição dos tubarões serem assassinos vorazes imposta pela mídia sensacionalista
- Informar à população que o tão famoso cação comprado em supermercados nada mais é que carne de tubarão. E que podem estar contribuindo com a pesca ilegal, e consequentemente, com a extinção de espécies ameaçadas.
- Informar alternativas aos utensílios plásticos e também da importância do consumo consciente para diminuir a geração de lixo.
- Informar que o descarte inadequado de medicamentos pode causar impacto no oceano.
- Elucidar que remover conchinhas de praia para levar para casa com lembrança pode prejudicar o ambiente marinho.
- O uso de certos tipos de protetores solares polui o ambiente marinho, entre outros.
Uma instituição importante na divulgação científica no Brasil é o Instituto de Biologia Marinha Bióicos. Localizado na cidade de Ubatuba, São Paulo, com atuação nacional e internacional, o Instituto conta com colaboradores de todo o Brasil que produzem artigos em linguagem de fácil entendimento, conteúdo de áudio em formato de podcasts e vídeos. Todo esse material é disponibilizado de forma gratuita no website www.bioicos.org.br e nas redes sociais. Além disso, o Instituto oferece cursos presenciais e on-line, assim como e-books, que complementam a formação e o conhecimento de estudantes, profissionais da área e outras pessoas interessadas.
Bibliografia
DUARTE SILVEIRA, R. A.; HAUEISEN, M. P.; SEMPREBOM, T. R. e PEIRÓ, D. F. Canudos: devo deixar de usar? Instituto Biologia Marinha Bióicos, 2019. Disponível em: https://www.bioicos.org.br/post/2019/02/01/canudos-devo-deixar-de-usar. Acesso em: 04 de ago. de 2021.
HAUEISEN, M. P.; DUARTE SILVEIRA, R. A.; FARAH, M.; SEMPREBOM, T. R. e PEIRÓ, D. F. Protetores solares no ambiente marinho: seriam eles sempre positivos? Instituto Biologia Marinha Bióicos, 2018. Disponível em: https://www.bioicos.org.br/post/2018/11/15/protetores-solares-no-ambiente-marinho-seriam-eles-sempre-positivos. Acesso em: 04 de ago. de 2021.
HAUEISEN, M. P.; SALMAZO, J. R.; DUARTE SILVEIRA, R. A. e PEIRÓ, D. F. Ataque de tubarão a seres humanos: um medo que deve ser desmistificado! Instituto Biologia Marinha Bióicos, 2018. Disponível em: https://www.bioicos.org.br/post/ataque-de-tubarao-a-seres-humanos-um-medo-que-deve-ser-desmistificado. Acesso em: 04 de ago. de 2021.
JERONIMO, F. C.; DUARTE SILVEIRA, R. A.; SEMPREBOM, T. R. e PEIRÓ, D. F. O papel das conchas no ambiente marinho. Instituto Biologia Marinha Bióicos, 2020. Disponível em: https://www.bioicos.org.br/post/o-papel-das-conchas-no-ambiente-marinho. Acesso em: 04 de ago. de 2021.
JERONIMO, F. C.; SEMPREBOM, T. R.; DUARTE SILVEIRA, R. A. e PEIRÓ, D. F. O que é divulgação científica? Instituto Biologia Marinha Bióicos, 2020. Disponível em: https://www.bioicos.org.br/post/o-que-e-divulgacao-cientifica. Acesso em: 04 de ago. de 2021.
SALMAZO, J. R.; PIR NGELO, J. A.; SEMPREBOM, T. R.; DALL’AQUA, R. e PEIRÓ, D. F. Existe diferença entre cação e tubarão? Instituto Biologia Marinha Bióicos, 2017. Disponível em: https://www.bioicos.org.br/post/existe-diferenca-entre-cacao-e-tubarao. Acesso em: 04 de ago. de 2021.