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Qual o valor da Natureza?!

Qual o valor da Natureza?!

Esta é uma oportunidade rara, daquelas chamadas de únicas para quem se preocupa com o futuro do mundo. Pensar no futuro, seja egoisticamente no seu próprio futuro ou mais solidaria, desapegada e não egoísta, pensando em harmonia mesmo, que não podemos perder o lançamento deste livro que me arrisco sem nenhum medo de dizer que será fantástico, de leitura maravilhosa e certamente de importância fundamental para quem se preocupar com o futuro, como nosso planeta, ou “simplesmente” com as outras formas de vida que o coabitam conosco.

A oportunidade de conhecer o Grande Mestre Daniel Braga Lourenço surgiu a uns bons anos já, quando uma voluntária nossa me convidou a assistir uma palestra dele, que me foi referenciado como advogado vegano e seguidor da linha “abolicionista animal”. Basta dizer que até então eu não era vegano, apesar de já ter sido vegetariano restrito por uns bons anos na minha juventude, até o começo do meu casamento. Dizia minha mãe que daí que minha vida desandou. Mas esta já é outra história!

Basta dizer que adorei a palestra do Professor Daniel e fiquei profundamente alterador por ela. Conseguem imaginar uma palestra que você ama ouvir e ao mesmo tempo te coloca em várias contradições, dilemas e dúvidas internas? Pois foi assim que me senti por vários dias após ouvir o Professor Daniel. Eu estava me transformando por dentro, colocando em cheque procedimentos e hábitos antigos, sendo questionado pelas razões e consequências dos meus atos.

Porém como acontece com muitos de nós, a vida dita “cotidiana”, os problemas do dia a dia, me fizeram ir aos poucos amolecendo e apagando estes sentimentos, estas ondas de mudanças dentro de mim.

Para não me alongar muito, vamos pular um tempo e passar para uma das primeiras edições do Congresso Mundial de Direito dos Animais, promovido pelo Instituto Abolicionista pelos Animais, que então aconteceu em Salvador, que a mesma voluntária que me levou à palestra do Professor Daniel, me convidou a participar e então lá fomos nós para Salvador. Por estar num evento no meio de veganos, somente comida vegana eu estava comendo nestes dias todos. Após as primeiras palestras já começavam a voltar aqueles mesmo nó no estômago e sensação de incongruência interna que me acometeram após a palestra do Daniel.

Até que num dos intervalos o Professor Fábio, incansável amigo e dupla do Professor Daniel no Veganismo, me perguntou com a maior naturalidade e num tom super simples, sem cobrança, assim como num bate papo mesmo: “Mas então Pinguim, você é vegano?” Sabem assim quando o chão te falta? Quando te perguntam algo que é tão sério, tão simples ao mesmo tempo, mas que você não podia ter sido questionado naquele momento? Ué, porque não? Simplesmente porque meus atos e hábitos alimentares (veganismo é muito mais que isso mas eu então estava apenas entreolhando pela porta que se abria à minha frente) estavam em ambiguidade com a nova forma de pensar e argumentos que então estavam entrando na minha cabeça mas ainda tinham se fixado na mesma. Uma respostas… uma resposta que fiquei uns bons segundos branco, sangue sumido do rosto, respiração presa e olhos certamente arregalando-se. Se fosse um filme, esta certamente seria aquela hora em que eu iria fingir desmaiar ou algo do gênero, simplesmente para não responder. Claro que o Professor Fábio notou isto tudo e me falou com todo carinho: “Fica tranquilo Pinguinzinho, não estou te cobrando nem julgando nada, é só curiosidade mesmo porque não sei se você é ou não”. Comecei a explicar um monte de coisas da minha vida, evitando responder o que ele de cara já sabia: que a resposta era não. Com uma grande diplomacia, carinho e afetividade o Professor Fábio me fez rapidamente voltar ao normal, respirar, e fazer o sangue voltar a circular pela minha face e etal….

Depois deste verdadeiro choque que levei ao notar a minha reação por simplesmente não querer responder a uma pergunta simples como aquela, pensei durante várias noites (estas coisas costumam vir a mente sempre de noite, na hora que seria de dormir né?!) porque aquela sensação ruim de ter a resposta “Não”….. Incongruência, falta de coerência do pensar com os atos, tudo isto me vinha a mente. Futuramente eu iria entender isto como “miopia moral” e outros termos.

Me obriguei para sentir um pouco melhor e mais calmo a experimentar voltar a ser vegetariano de novo evitar todo e qualquer produto derivado ou testado em animais.

Para resumir e para minha própria surpresa, qual não foi a alegria de sentir que facilmente consegui evitar comer derivados de animais, de meus amigos, como comecei a pensar e não consumir produtos testados e tal. Começava a dar meus primeiros passos em direção ao veganismo!

Claro que no meio do caminho várias escorregadas foram dadas, desde comer ou usar algo sem saber que continha animais, e mesmo por vontades loucas voltar a comer isto ou aquilo. Acontece no começo, mas a força de vontade e desejo de evoluir nos faz ir corrigindo isto tudo e ir em frente!

Hoje me digo vegano a vários anos já, apesar de saber que até num produto simples como uma batata frita pode estar escondido o veneno do sofrimento animal, e garantir que somos 100% veganos é quase impossível, bastaria pegar carona e sentar num banco de couro animal para tecnicamente já não ser mais vegano.

Hoje trabalho com mergulho e no tempo que me sobra sou ativista voluntário pela natureza e pelos animais. Normalmente me apresento como Ativista Ambiental Vegano.

Então qual não é minha alegria ao saber do lançamento do livro do meu hoje grande amigo Daniel Braga!!!! Estarei lá com certeza, já pre encomendei o meu e só posso dizer uma coisa sobre este livro e o Professor Daniel: São capazes de mudar você! Mudar você no mundo, mudar o seu mundo. Certamente uma ferramenta importantíssima para aqueles que querem mudar o mundo!


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