A Divers for Sharks participará da 1ª edição do CineTerror, um bate-papo organizado pelo canal Hora do Terror, com apoio da Livraria Cultura, DarkSide Books, Universal Pictures e Grow, dia 11 de junho, no Centro, Rio de Janeiro. O nosso representante na mesa, cujo debate será sobre o filme ‘Tubarão’, será Paulo Guilherme, conhecido como Pinguim. Ele mostrará a nossa visão sobre o tema – algo que já abordamos um pouco em outro post deste blog.
O evento começa às 18h, com a apresentação do longa do diretor Steven Spielberg. Ambientado na cidade turística de Amity Island, a produção conta história de uma série de ataques provocados por um tubarão branco. Com isso, o chefe de polícia local se une a um biólogo marinho e um pescador para caçar a criatura.
Além do Pinguim, a mesa será composta por Gabriel Gaspar, escritor carioca e crítico de cinema, responsável pelo canal “Acabou de Acabar”. Completa a mesa Fernando Ticon, criador do site e canal Hora do Terror, especializado nos gêneros terror, horror e suspense, e que hoje tem mais 70 mil inscritos. Caberá a ele também a moderação dos debates em torno do filme de Steven Spielberg.
Programação
18h – Exibição do filme
20h – Bate-papo com convidados e sorteio dos brindes
Concurso CulturalAproveitando o evento, a Divers For Sharks vai fazer concurso cultural. Para participar, basta você publicar no Facebook, Twitter ou Instagram um post público juntamente com a hashtag #DFSnoCinema. Os três conteúdos mais criativos sobre o debate ganham. Participe!
Pernambuco é muito conhecida pelo Maracatu e por ser a terra onde nasceu o forró, mas também pelo alto índice de incidentes com tubarões em sua faixa litorânea. Muito se questiona a razão pela qual os números do estado são tão assustadores. Não há um consenso, mas indícios de que a ação direta ou indireta do homem tem relação com essa realidade.
“Não temos dados de tubarões antes da construção do porto, então não temos como provar o impacto na espécie. Temos como comprovar nos peixes, no entanto. Sabemos que a densidade populacional deles reduziu em 80%. A obra resultou num impacto significativo na reprodução das espécies que ali habitavam“, explica Fábio Hazin, engenheiro de pesca, doutor em oceanografia, professor da Universidade Federal do Recife (UFPE).
A história de incidentes com tubarões, principalmente na Região Metropolitana de Recife, acontece há pelo menos 25 anos. No Brasil, há casos registrados em São Paulo e Maranhão, por exemplo. No entanto, a capital pernambucana responde por mais da metade das ocorrências no país, com um trabalho realizado por lá com placas de orientação e pesquisas de monitoramento, coordenadas pelo Comitê de Monitoramento de Incidentes com Tubarão (Cemit).
Junto com o porto de Suape, há um outro fator que pode explicar o porquê de Recife ser uma área como um alto número de incidentes com tubarões: as correntes de retorno, também chamadas de feições ou valas. Elas são formadas pela arrebentação de ondas ou por formações de arrecifes. Em Pernambuco, um canal de 8 metros de profundidade margeia a costa e é apontada, por uma pesquisa iniciada no ano passado pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), como uma das causas do problema.
Somando isso a degradação do meio ambiente, com a poluição dos rios, pesca predatória a degradação dos manguezais (habitat natural para a reprodução das fêmeas de tubarão); além do tráfego de navios entre Suape e Recife – os tubarões são atraídos pelas embarcações – e temos um cenário para que haja mais incidentes. Como falamos no começo: a única unanimidade é que a ação nociva do homem tem sido preponderante para explicar o que acontece na capital pernambucana. E, mesmo com ações de prevenção, há ainda negligência dos banhistas, que ignoram os avisos presentes nas praias e locais mais perigosos.
A diminuição do número de incidentes passa por uma ação mais efetiva das autoridades pernambucanas e, consequentemente, além da supressão ou a atenuação dos fatores ambientais que contribuem diretamente para que ocorram mais casos. Inciativas como a rede, tentada pelo Instituto Praia Segura são louváveis do ponto de vista dos banhistas, mas ainda sim não um ponto final no problema.
Carne de cação é carne de tubarão. Quem acompanha o blog da Divers for Sharks já deve ter lido algumas vezes sobre esta questão. Hoje, nós vamos aprofundar um pouco mais este assunto, pois o Brasil é um dos maiores consumidores deste tipo de produto que, na realidade pode ser prejudicial a saúde.
Mas antes é necessário esclarecer que ‘cação’ é um termo popular, utilizado em algumas comunidades pesqueiras do nosso país para se referir a tubarões pequenos. O que a indústria fez? Se apropriou do termo para aumentar o interesse pela carne e a vende em postas ou como filé limpo, deixando o consumidor sem uma informação clara do que está levando para a sua mesa.
Por aqui, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) afirma não existir regra específica para a designação de produtos de origem animal nas embalagens, competência que seria do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). Como a legislação permite o uso do nome comum, como o uso de “tubarão” fica aberto o espaço para a desinformação.
É necessário dizer que o consumo no Brasil chega a 45 mil toneladas anuais, sendo 22 mil para o mercado interno e 23 mil para exportação, cujo destino é, sem geral, os países asiáticos. Como já falamos em outra oportunidade, o tubarão está no topo da cadeia alimentar nos oceanos e é responsável por manter o equilíbrio numérico entre as espécies, ajudam a alimentar outros animais como os urubus e ainda delimitam os espaços de cada bicho no mundo aquático.
Por este motivo a sua carne também representa um perigo a sua saúde o consumo de carne de cação (tubarão). Explicação está no processo de bioacumulação, o que faz com que estes animais agregam metais pesados, como mercúrio e arsênio, presentes nos organismos que lhe serviram de alimento. Ingeridas além da conta, essas substâncias podem causar danos cerebrais.
A Organização Mundial de Saúde (ONS) recomenda que haja um limite de 0,5 miligrama de mercúrio por quilo de carne consumida diariamente. No entanto, um estudo feito pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) revelou em 2008 que o Prionace glauca, ou tubarão-azul, a espécie de tubarão mais consumida no Brasil, tem um índice duas vezes maior do que o limite diário. Um perigo para a saúde.
Lá fora, a Food and Drug Administration (FDA), órgão que regula o setor de alimentos nos Estados Unidos, recomenda que grávidas e lactantes não consumam carne de tubarão, seja a quantidade que for.
Depois disso tudo, você ainda vai continuar consumindo carne de tubarão?
Finning ou pesca de nadadeiras é uma ameaça para a preservação dos tubarões e raias. No Brasil, a prática é proibida desde 2012, no entanto país é uma ameaça para as espécies.
Divers For Sharks te convida para debater o filme ‘Tubarão’ no Rio
A Divers for Sharks participará da 1ª edição do CineTerror, um bate-papo organizado pelo canal Hora do Terror, com apoio da Livraria Cultura, DarkSide Books, Universal Pictures e Grow, dia 11 de junho, no Centro, Rio de Janeiro. O nosso representante na mesa, cujo debate será sobre o filme ‘Tubarão’, será Paulo Guilherme, conhecido como Pinguim. Ele mostrará a nossa visão sobre o tema – algo que já abordamos um pouco em outro post deste blog.
O evento começa às 18h, com a apresentação do longa do diretor Steven Spielberg. Ambientado na cidade turística de Amity Island, a produção conta história de uma série de ataques provocados por um tubarão branco. Com isso, o chefe de polícia local se une a um biólogo marinho e um pescador para caçar a criatura.
Além do Pinguim, a mesa será composta por Gabriel Gaspar, escritor carioca e crítico de cinema, responsável pelo canal “Acabou de Acabar”. Completa a mesa Fernando Ticon, criador do site e canal Hora do Terror, especializado nos gêneros terror, horror e suspense, e que hoje tem mais 70 mil inscritos. Caberá a ele também a moderação dos debates em torno do filme de Steven Spielberg.
Programação
18h – Exibição do filme
20h – Bate-papo com convidados e sorteio dos brindes
Serviço
CineTerror 1# Tubarão
11 de junho de 2018, das 18h às 21h
Teatro Eva Herz, Livraria Cultura – Cine Vitória
Rua Senador Dantas, 45 – Centro
Por que Pernambuco virou uma das regiões com mais incidentes com tubarões?
Pernambuco é muito conhecida pelo Maracatu e por ser a terra onde nasceu o forró, mas também pelo alto índice de incidentes com tubarões em sua faixa litorânea. Muito se questiona a razão pela qual os números do estado são tão assustadores. Não há um consenso, mas indícios de que a ação direta ou indireta do homem tem relação com essa realidade.
“Não temos dados de tubarões antes da construção do porto, então não temos como provar o impacto na espécie. Temos como comprovar nos peixes, no entanto. Sabemos que a densidade populacional deles reduziu em 80%. A obra resultou num impacto significativo na reprodução das espécies que ali habitavam“, explica Fábio Hazin, engenheiro de pesca, doutor em oceanografia, professor da Universidade Federal do Recife (UFPE).
A história de incidentes com tubarões, principalmente na Região Metropolitana de Recife, acontece há pelo menos 25 anos. No Brasil, há casos registrados em São Paulo e Maranhão, por exemplo. No entanto, a capital pernambucana responde por mais da metade das ocorrências no país, com um trabalho realizado por lá com placas de orientação e pesquisas de monitoramento, coordenadas pelo Comitê de Monitoramento de Incidentes com Tubarão (Cemit).
Junto com o porto de Suape, há um outro fator que pode explicar o porquê de Recife ser uma área como um alto número de incidentes com tubarões: as correntes de retorno, também chamadas de feições ou valas. Elas são formadas pela arrebentação de ondas ou por formações de arrecifes. Em Pernambuco, um canal de 8 metros de profundidade margeia a costa e é apontada, por uma pesquisa iniciada no ano passado pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), como uma das causas do problema.
Somando isso a degradação do meio ambiente, com a poluição dos rios, pesca predatória a degradação dos manguezais (habitat natural para a reprodução das fêmeas de tubarão); além do tráfego de navios entre Suape e Recife – os tubarões são atraídos pelas embarcações – e temos um cenário para que haja mais incidentes. Como falamos no começo: a única unanimidade é que a ação nociva do homem tem sido preponderante para explicar o que acontece na capital pernambucana. E, mesmo com ações de prevenção, há ainda negligência dos banhistas, que ignoram os avisos presentes nas praias e locais mais perigosos.
A diminuição do número de incidentes passa por uma ação mais efetiva das autoridades pernambucanas e, consequentemente, além da supressão ou a atenuação dos fatores ambientais que contribuem diretamente para que ocorram mais casos. Inciativas como a rede, tentada pelo Instituto Praia Segura são louváveis do ponto de vista dos banhistas, mas ainda sim não um ponto final no problema.
Uma verdade inconveniente sobre carne de tubarão
Carne de cação é carne de tubarão. Quem acompanha o blog da Divers for Sharks já deve ter lido algumas vezes sobre esta questão. Hoje, nós vamos aprofundar um pouco mais este assunto, pois o Brasil é um dos maiores consumidores deste tipo de produto que, na realidade pode ser prejudicial a saúde.
Mas antes é necessário esclarecer que ‘cação’ é um termo popular, utilizado em algumas comunidades pesqueiras do nosso país para se referir a tubarões pequenos. O que a indústria fez? Se apropriou do termo para aumentar o interesse pela carne e a vende em postas ou como filé limpo, deixando o consumidor sem uma informação clara do que está levando para a sua mesa.
Por aqui, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) afirma não existir regra específica para a designação de produtos de origem animal nas embalagens, competência que seria do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). Como a legislação permite o uso do nome comum, como o uso de “tubarão” fica aberto o espaço para a desinformação.
É necessário dizer que o consumo no Brasil chega a 45 mil toneladas anuais, sendo 22 mil para o mercado interno e 23 mil para exportação, cujo destino é, sem geral, os países asiáticos. Como já falamos em outra oportunidade, o tubarão está no topo da cadeia alimentar nos oceanos e é responsável por manter o equilíbrio numérico entre as espécies, ajudam a alimentar outros animais como os urubus e ainda delimitam os espaços de cada bicho no mundo aquático.
Por este motivo a sua carne também representa um perigo a sua saúde o consumo de carne de cação (tubarão). Explicação está no processo de bioacumulação, o que faz com que estes animais agregam metais pesados, como mercúrio e arsênio, presentes nos organismos que lhe serviram de alimento. Ingeridas além da conta, essas substâncias podem causar danos cerebrais.
A Organização Mundial de Saúde (ONS) recomenda que haja um limite de 0,5 miligrama de mercúrio por quilo de carne consumida diariamente. No entanto, um estudo feito pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) revelou em 2008 que o Prionace glauca, ou tubarão-azul, a espécie de tubarão mais consumida no Brasil, tem um índice duas vezes maior do que o limite diário. Um perigo para a saúde.
Lá fora, a Food and Drug Administration (FDA), órgão que regula o setor de alimentos nos Estados Unidos, recomenda que grávidas e lactantes não consumam carne de tubarão, seja a quantidade que for.
Depois disso tudo, você ainda vai continuar consumindo carne de tubarão?
Sete vezes em que Hollywood contribuiu para a caça aos tubarões
Como como cinema americano contribui para o medo e morte tubarões com seus filmes.
O que é finning e como você pode ajudar a combatê-lo?
Finning ou pesca de nadadeiras é uma ameaça para a preservação dos tubarões e raias. No Brasil, a prática é proibida desde 2012, no entanto país é uma ameaça para as espécies.
Menos Hollywood e mais preservação dos tubarões
O que você sabe sobre os tubarões? Saiba como ele é importante para a preservação da vida nos oceanos.